Característica diferenciadora: Mineralidade e acidez
Preço: 5€ (Quartz), 10€
(Superior)
Onde: Continente (Quartz), e Garrafeira Nacional (toda a gama)
Comentário: Tenho uma relação curiosa com os vinhos do Rui Madeira.
Mantenho uma relação apaixonada com 5 dos seus vinhos (Quartz, Superior, Pedra
Escrita, Castelo D´Alba VV tinto e branco) e depois tenho outros, dos quais
destaco o Atalaya, que não são nada a minha praia.
Este novo projecto
Beyra é para mim a grande novidade vitivinícola do ano! Dos três vinhos brancos
no mercado (não conheço os tintos), dois deles, o Quartz e o Superior, são do
melhor que se faz em Portugal em vinhos brancos. Vinhos de uma região mal amada
pelos consumidores e pouco conhecida. Os Beyra mostram a grande potencialidade
das vinhas em altitude e dos solos graníticos e xistosos, fornecendo-lhes uma
grande acidez e mineralidade.
O Quartz é um vinho
que pede mesa. É um vinho fora de modas. Sem artificialismo ou pozinhos
mágicos. Nota-se que é um vinho onde se teve o cuidado de deixar expressar o
terroir e as uvas. Sem mais! Não é um vinho para beber como aperitivo ou de
forma descontraída. É um vinho gastronómico, incisivo e sério e que brilhará
com pratos com substância: filetes de peixe-espada com arroz de tomate e
pimentos, massadas de cherne, caldeiradas, queijos curados, peixes fritos,
ensopado de enguias. Por 5€ bebe-se um grande vinho.
O Superior é tudo
isto que se disse do Quartz, com uma componente floral que o torna mais
acessível e com uma madeira ligeira que o torna muito arrumadinho e certinho.
Corpo generoso. Não é tão selvagem como o Quartz, apontando mais para um perfil
elegante. Tem uma prova mais fácil que o Quartz.
São vinhos com boa
longevidade e que têm tudo para continuar a evoluir favoravelmente em cave.
Provador: Bruno Miguel Jorge
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