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sábado, 23 de novembro de 2013

Poeira 2011


Característica diferenciadora: Poeira e opulência.

Preço: 30€

Onde: Garrafeiras especializadas

Nota pessoal: 18.5

Comentário:  10 anos de Poeira significam uma década de história  que assenta o seu sucesso numa pirâmida cujos vértices da base são a qualidade sempre muito acima da média num lado, a frescura ao invés de excessos de maturação tão típicos no Douro no outro vértice e no vértice superior, sempre, mas sempre, elegância suprema como voz das particularidades climatéricas de cada ano. 
Apesar do perfil de referência ser sempre idêntico, exprime o que resultou das condições climatéricas do ano em questão. 
Organolepticamente, é sempre exemplar.

Este de 2011, aposto que é um "infanticídio" provar já... mas pronto, sou assim. Gosto de opinar com propriedade.
Na cor...Preto... Ou melhor, cor de cereja escuríssima e fugir para reflexos de tinta da china. Cromaticamente é muito vincado. 
Aromas muito cerrados. Notas de fruta em maceração e ao mesmo tempo aparas de lápis. WIP! Work in Progress... perdoem o Inglesismo... Claramente o aroma de quando se afiava lápis na 4ª classe. 
Repousado no copo, passado menos de 1 hora o aroma mantém-se muito sério. Pouco dado a exuberâncias, sisudo. Quiçá a nota aromática mais evidente é mesmo a madeira verde, mas sem ser evidente em demasia. Tem de se procurar. 
Muita profundidade aromática, com frescura mentolado ainda que ligeira. É a grande diferença nos vinhos de Jorge Moreira. Less is (much) more
Prova de boca... Explosão de intensidade e elegância ao mesmo tempo. Vincadíssimo e cheio de mineralidade, fruta fresca, com sabor a cereja quando ainda não estão perfeitamente maduras. Licoroso e acidez cortante a por tudo em ordem. Fruta silvestre, e muito concentrado. Que vinho!
Nada quente, nada doce, mas sim muito cheio e muito prolongado. Muito, muito intenso. Mineral. Tem muito grip. Agarra de forma vigorosa, sem "magoar". Mas agarra muito. Muito granular, repleto de pormenores e com a sensação de "saber sempre a pouco", mas ao mesmo tempo, sacia muito.
Sem dúvida, na primeira impressão, o Poeira mais robusto e opulento de sempre. Afirmação de um patamar diferente e único de tudo o que se produz no Douro.

Muito bom. Guardar e provar paulatinamente ao longo dos anos. O ideal é ir comprando uma garrafa de dois em dois meses em 2014... e depois ir bebendo a caixa ao longo de 10, 12 anos... parece-me que do ponto de vista financeiro, o retorno em prazer será seguramente "lucro puro"!

Provador: Mr. Wolf

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