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sábado, 14 de abril de 2012

Quinta do Noval 2007

Característica diferenciadora: Concentração
Preço: 60€
Onde: garrafeiras especializadas
Nota pessoal: 18,5

Comentário: Bom... depois de acabar com as de 2004 da minha garrafeira e da garrafeira dos amigos, estimuado pela experiência resolvi experimentar este num restaurante que costumo frequentar...confesso que achava que o de 2004 tinha sido excepcionalmente bom, visto que os Touriga Nacional de 2005 que sairam depois, confesso que não me impressionaram em nada... e pedi este...e enfim, deslumbrante outra vez.

Pesado no copo como o de 2004. Púrpura. Dá vontade de investigar se há tecido de fazendas para fazer fatos daquela cor, tal é a beleza da cor. Pelo menos uma gravata...uma gravata cor de Noval de 2007. Se calhar vendia.
Aromas de fruta muito densa. Figos acabados de abrir, não secos e muita, muita fruta lá bem ao fundo... porque ao mesmo tempo tem vegetal, ervas.
Madeira deve existir... mas deve-se ter divertido tanto com este vinho que se misturarm cromossomaticamente... ataca-se a boca com o copo... a medo, porque é daqueles em que tenho medo de deixar cair o copo de estupefacção à medida que o saboreio.

Seda e veludo ao mesmo tempo. Parece que a boca fica com uma volumetria 5 vezes maior e que descobrimos sensações dentro da boca que eventualmente só tinha acontecido algo semelhante, quando éramos muito mais novos e "abusavamos" de marijuana... aí, até parece que os dentes faziam aulas de ginástica com sprints e flexões. Mas aqui não há marijuana. É mesmo o vinho que delicadamente nos estimula as papilas gustativas. Muito, muito suave mas com uma persistência impressionante. É delicado e denso. É de facto um excelente vinho. O vinho cresce, mesmo sem ser decantado. Acidez muito boa e deixa muita marca na boca. Muito, muito bom. Marca a memória. Tenho de repetir.

Provador: Mr. Wolf

Visita ao Soalheiro

O que aconteceu: Fomos visitar a quinta do Soalheiro.      
Prova simples dos útlimos vinhos Alvarinho da Quinta do Soalheiro.
Percebe-se porque os vinhos são tão bons. O cuidado em redor deste vinho é evidente, pela forma como o Produtor e a equipa falam sobre este vinho. São de facto uma família. O vinho antes de ser produzido já é muito "mimado"... é um vinho de convicção muito forte que se começou a desenhar em 1974, contracorrente e ousado. É um vinho de convicção, mas elegante para quem o conhece. É um vinho com passado e de futuro certamente.

Um muito obrigado por nos receberem de forma tão cordial e amigável.

Prova

Soalheiro 2011: Elegância e vibração. Vibra-se com os aromas tropicais, nesta garrafa dominados por ananás doce e algum maracujá. Muita elegância e acidez muito bem integrada. Um luxo. Simples na forma, mas muito complexo no conteúdo. É de encher as garrafeiras com este vinho para apreciar durante muitos anos.

Soalheiro Primeiras Vinhas 2010: Acordaram-no a meio do sono... e como é normal, não está de bom humor. Deixem-no repousar. Untuoso e pesado. Cor muito bonita, amarelo trigo, meloso. Aromas de quem ainda estagia... fechadissimo. Para arejar 2 horas ou então guardar no mínimo 1 ano. Depois promete ser na linha dos anteriores. Esgotado... procurem-no.

Reserva 2010: Elegância pura. Pronto para beber e desejoso de ser guardado para ganhar pujança. Verde, madeira bem integrada, complexo, fino e com um final muito bom.

Parabéns.

Quinta do Vale Meão 2003

Característica diferenciadora: Fruta e acidez apesar da idade
Preço: 50€
Onde: garrafeiras especializadas
Nota pessoal: 18,5

Comentário: Cor escura. Rubi. Nariz com aromas de café e algumas notas de álcool. Precisa de respirar. Forte. Não se evidencia pela elegância, embora não esteja desequilibrado. Muito boa acidez e notas de madeira ainda que ligeiras, bem marcadas. Parece-me que o vinho já não melhora em garrafa. Este vinho foi provado com Poeira e Vallado Reserva, e dos 3 é o que se apresenta mais diferente face à juventude, o que não é mau. Mas não tem nada a ver com os festivais de boa fruta e madeira que o Vale Meão nos costuma presentear em jovem.

Nota: vinho em prova conjunta com Poeira e Vale Meão, todos de 2003.

Vinhos de perfil muito semelhante, ao final de 8 anos. Nenhum se destacou apesar de algumas nuances.

Provador: Mr. Wolf

Poeira 2003

Característica diferenciadora: Potência e elegância

Preço: 30€

Onde: garrafeiras especializadas

Nota pessoal: 18,5

Comentário: Cor opaco escura com ligeiros traços púrpura. Nariz de fruta madura. Frutos roxos maduros. Na boca é bastante suave mas com acidez ainda evidente. Passado um pouco tempo de respirar, o vinha ganha ainda mais força e seca ligeiramente a língua. Mas é sempre muito delicado, redondo mas assertivo na acidez. Bom Poeira.


Nota: vinho em prova conjunta com Vallado Reserva e Vale Meão, todos de 2003.

Provador: Mr. Wolf

Vinhos de perfil muito semelhante, ao final de 8 anos. Nenhum se destacou apesar de algumas nuances.

Quinta do Vallado Reserva 2003

Característica diferenciadora: Força e elegância
Preço: 30€

Onde: garrafeiras especializadas

Nota pessoal: 18,5

Comentário: Cor rubi escura. Ligeiros laivos acastanhados, mas muito ligeiros.Limpo. Lágrima ainda evidente. Nariz com notas de Touriga Nacional a aparecer. Madeira verde. Eucalipto, mentolado.
Na boca vê-se que é um produto de muita qualidade. Fresco e fino, mas com fruta a ganhar concentração à medida que respira. Acidez ainda para durar. Muito bom.
Majestosa a personalidade com estes anos todos...

Nota: vinho em prova conjunta com Poeira e Vale Meão, todos de 2003.
Vinhos de perfil muito semelhante, ao final de 8 anos. Nenhum se destacou apesar de algumas nuances.

Provador: Mr. Wolf

Quinta da Alorna Verdelho 2010

Característica diferenciadora: Expressividade aromática
Preço: 4€
Onde: Distribuição em geral
Nota pessoal: 15

Comentário: Fresco e com cor amarelo com laivos esverdeados. Limpa. Clara. Nariz de expressividade muito grande. Muita fruta tropical. Bom para o verão.


Provador: Mr. Wolf

Quinta da Mimosa 2009

Característica diferenciadora: O melhor QM que já provei. Denso.
Preço: 7€
Onde: Distribuição em geral
Nota pessoal: 16,5

Comentário:Surpresa. Cor escura e limpa. Muitos aromas com madeira muito sedutora. A qualidade da madeira é indiscutível. A intensidade já me parece exagerada, no entanto confesso que gostei. E o vinho é muito bom. Fruta com fartura, acidez e promessas de anos em cave com boa saúde. Excelente Castelão.


Provador: Mr. Wolf

Têmpera Tinta Roriz 2006

Característica diferenciadora: Elegância

Preço: ?€

Onde: garrafeiras especializadas

Nota pessoal: 16,5

Comentário: Cor escura. Muito elegante. 
Nariz com aromas de aparas de lápis. Pimenta.
Na boca, muito elegante. A elegância manifesta na cor e aromas acentua-se na prova de boca.  Madeira muito discreta. Corpo médio.
Vinho muito gastronómico. Ligeiro lácteo.
Bom vinho.

Provador: Mr. Wolf

Defial Penedo 2008

Característica diferenciadora: Estilo. Explosão de aromas no nariz de fruta
Preço:?€
Onde: garrafeiras especializadas
Nota pessoal: 16


Comentário: Vinho desconhecido, que não prima pela elegância... mas que cheira  a vinho à antiga. Fruta esmagada e por fermentar ainda, quente. Na boca tem porte e parece ser feito para a cave. Experiência interessante. Se o visse à venda comprava para provar.


Provador: Mr. Wolf

Quinta do Monte D´Oiro Reserva 2006

Característica diferenciadora: Classe pura.

Preço: 30€

Onde: garrafeiras especializadas

Nota pessoal: 18

Comentário: Cor rubi, translúcida. Não impressiona pela cor, mas sim pelo nariz e boca.
Nariz muito insinuante, de fruta e madeira... madeira "ao longe" de muita qualidade.
Na boca é uma delícia.
Corpo médio, mas final de boca longuíssimo. Fruta pura, filtrada de tudo o que chateia e taninos presentes mas sem se fazerem notar em nada. Nada está demais ou excessivo. O vinho parece que lhe falta qualquer coisa, mas não falta. É daqueles vinhos que alimenta. Muito bom.


Provador: Mr. Wolf

Buçaco Tinto Reservado 2007

Característica diferenciadora: Complexidade
Preço: 28€

Onde: Palace Buçaco Hotel

Nota pessoal: 18,5

Comentário: Bom... o tinto é também assustadoramente bom...cor correcta e limpa. Não é púrpura nem violeta... mas rubi brilhante.
No nariz os aromas iniciais são de café e passam para vegetal muito evidente, onde notas de alecrim seco aparecem. Nariz muito evidente, no entanto delicado, sem exageros. Notas de pele de animal.
Na boca é de uma delicadeza e textura impressionante. Fruta muito delicada, ténue mas presente. Taninos firmes mas não chateiam nada. Cremoso. Groselha. Depois de arejar, mostra-se então como verdadeiro Bairradino... seca a boca... ágil a chatear-se porque a abrimos já, quando está aqui vinho para muitos anos.
O tinto é uma experiência muito boa, apesar de a experiência do branco ser mais impressionante.

Provador: Mr. Wolf

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Wine Penacova Meeting 2011 - Top 15

Análise de dados dos vinhos provados de 30  Nov a 4 Dez
Amostra: Painel WPM
Resumo: dos mais de 40 vinhos diferentes que provámos no WPM 2011, incluindo o dia 3 de Dezembro do Openday, segue a tabela com os 15 vinhos identificados que nos marcaram mais.
Os valores apresentados representam a média aritmética dos pontos atribuídos a cada vinho pelos participantes nos 4 dias de provas.

Wine Penacova Meeting 2011Openday - Painel comparativo de pontuações



Análise de dados dos vinhos provados no dia 3 de Dezembro
Tabelas segmentadas por perfis de consumidor
 

Wine Penacova Meeting 2011 Openday - Vinhos que ficaram na memória e pontuações III


Análise de dados de vinhos provados no dia 3 de Dezembro
Amostra: painel WPM
                                                                                       Metodologia: Os vinhos foram servidos em copos Riedel, às temperaturas adequadas a acompanharrefeições de almoço e jantar. Posteriormente foi solicitado aos convidados e aos membros do Wine Penacova Meeting que atribuíssem pontuações de 0-20 dos vinhos provados durante o Openday. Esta solicitação foi efectuada por e-mail 3 meses depois.Se não se recordassem de algum dos vinhos, era preferível não colocar pontuação de forma a não prejudicar a consistência dos resultados.

Objectivo: Identificar quais os vinhos que deixaram memória nos distintos perfis de consumidor.

Porque somos diferentes na abordagem à prova de vinhos,o que procuramos aqui é verificar num conjunto heterogéneo de consumidores, com perfis distintos (género, idade, experiência ou ausência de experiência com vinhos) quais foram os vinhos que deixaram memória.O vinho é uma experiência essencialmente sensorial. O posicionamento de produto (preço) introduz uma experiência que altera alógica de racíocínio.Os detalhes dos preços não foram divulgados em rigor para não influenciar as opiniões.

Observação: os resultados apresentados são a média aritmética das pontuações atribuídas... as pontuações foram atribuídas pela memória que o vinho proporcionou. Não é pretensão nossa que os valores sirvam para categorizar os vinhos.
Não somos críticos da qualidade dos vinhos. Categorizamos aqui os vinhos que marcaram mais os consumidores e cujas experiências sensoriais foram mais positivas. E quais ficaram na memória. Os consumidores não sabiam que ía ser solicitada posteriormente uma avaliação.






Wine Penacova Meeting 2011 Openday - Vinhos que ficaram na memória e pontuações II

Análise de dados dos vinhos provados a 3 de Dezembro
Amostra: convidados
Metodologia: Os vinhos foram servidos em copos Riedel, às temperaturas adequadas a acompanhar refeições de almoço e jantar.
Posteriormente foi solicitado aos convidados e aos membros do Wine Penacova Meeting que atribuíssem pontuações de 0-20 dos vinhos provados durante o Openday. Esta solicitação foi efectuada por e-mail 3 meses depois.Se não se recordassem de algum dos vinhos, era preferível não colocar pontuação de forma a não prejudicar a consistência dos resultados.

Objectivo: Identificar quais os vinhos que deixaram memória nos distintos perfis de consumidor.

Porque somos diferentes na abordagem à prova de vinhos,o que procuramos aqui é verificar num conjunto heterogéneo de consumidores, com perfis distintos (género, idade, experiência ou ausência de experiência com vinhos) quais foram os vinhos que deixaram memória.O vinho é uma experiência essencialmente sensorial. O posicionamento de produto (preço) introduz uma experiência que altera alógica de racíocínio.Os detalhes dos preços não foram divulgados em rigor para não influenciar as opiniões.

Observação: os resultados apresentados são a média aritmética das pontuações atribuídas... as pontuações foram atribuídas pela memória que o vinho proporcionou. Não é pretensão nossa que os valores sirvam para categorizar os vinhos.
Não somos críticos da qualidade dos vinhos. Categorizamos aqui os vinhos que marcaram mais os consumidores e cujas experiências sensoriais foram mais positivas. E quais ficaram na memória. Os consumidores não sabiam que ía ser solicitada posteriormente uma avaliação.

Wine Penacova Meeting 2011 Openday - Vinhos que ficaram na memória e pontuações


Análise de dados dos vinhos provados a 3 de Dezembro
Amostra: convidados e painel WPM
 Metodologia: Os vinhos foram servidos em copos Riedel, às temperaturas adequadas a acompanhar refeições de almoço e jantar.

Posteriormente foi solicitado aos convidados e aos membros do Wine Penacova Meeting que atribuíssem pontuações de 0-20 dos vinhos provados durante o Openday. Esta solicitação foi efectuada por e-mail 3 meses depois.Se não se recordassem de algum dos vinhos, era preferível não colocar pontuação de forma a não prejudicar a consistência dos resultados. 

Objectivo: Identificar quais os vinhos que deixaram memória nos distintos perfis de consumidor.

Porque somos diferentes na abordagem à prova de vinhos,o que procuramos aqui é verificar num conjunto heterogéneo de consumidores, com perfis distintos (género, idade, experiência ou ausência de experiência com vinhos) quais foram os vinhos que deixaram memória.O vinho é uma experiência essencialmente sensorial. O posicionamento de produto (preço) introduz uma experiência que altera alógica de racíocínio.Os detalhes dos preços não foram divulgados em rigor para não influenciar as opiniões.

Observação: os resultados apresentados são a média aritmética das pontuações atribuídas... as pontuações foram atribuídas pela memória que o vinho proporcionou. Não é pretensão nossa que os valores sirvam para categorizar os vinhos.
Não somos críticos da qualidade dos vinhos. Categorizamos aqui os vinhos que marcaram mais os consumidores e cujas experiências sensoriais foram mais positivas. E quais ficaram na memória. Os consumidores não sabiam que ía ser solicitada posteriormente uma avaliação.

O QUE SE BEBEU NO WPM 2011

Amelia Chardonnay 2009
Campolargo Arinto Barrica 2010
Campolargo CC 2008
Campolargo Pinot Noir 2009
Chryseia 2007
CV - Curriculum Vitae 2005
CV - Curriculum Vitae 2008
Diga Branco 2009
Hugel Riesling Blanc 2009
Mouchão Tonel 3-4 2005
Niepoort Batuta 2007
Niepoort Charme 2008
Pinote Branco 2007
Pinote Tinto 2006
Piriquita Superior 2008
Pó de Poeira Branco 2010
Poeira 2008
Quinta da Touriga-Chã 2007
Quinta das Bágeiras 2002 Tinto Garrafa 5 Litros
Quinta das Bágeiras Branco Garrafeira 2009
Quinta das Bágeiras Garrafeira 2001
Quinta de La Rosa Reserva 2008
Quinta do Monte D´Oiro Aurius 2005
Quinta do Monte D´Oiro Ex-Aequeo 2007
Quinta do Monte D´Oiro Reserva 2006
Quinta do Vale Meão 2008
Quinta do Vallado Adelaide 2007
Quinta do Vallado Reserva 2007
Quinta dos Avidagos - Avidagos Grande Reserva 2008
Redoma Reserva Branco 2007
Redoma Reserva Branco 2008
Redoma Reserva Branco 2009

terça-feira, 10 de abril de 2012

Buçaco Branco Reservado 2003

Característica diferenciadora: Tudo
Preço: 30€

Onde: Buçaco Palace Hotel

Nota pessoal: sem nota

Comentário: Sinceramente, não me sinto com competências para atribuir pontuação para este vinho. É de longe o melhor vinho branco que já provei.
Tenho dificuldade em caracterizá-lo, pois tudo o que num simples jantar me permitiu captar deste vinho peca por muito defeito... como tal, vou "apenas" identificar o que memorizo:

Cor de ouro líquido. Limpo, limpo... se houvesse cristal de ouro líquido, deve ser assim. As bolas de enfeite de Natal não brilham tanto como este copo. Clarinho... mas denso. Pesado.

Nariz vegetal e herbáceo. Forte. Erva cortada e esmagada, mas daquela já seca.
Hortelã.
Tostado.
Citrino, mas muito maduro... como se houvesse limões doces.

Na boca, não tenho comentários. Parece um Sauternes novo e delicado, pela falsa doçura e untuosidade, e tem um final que literalmente não acaba... faz lembrar bons Madeiras, pela persistência. Potencial de fixar memória muito grande. Se pensar nele, recordo perfeitamente a sensação na boca.

Impressionante.

Provador: Mr. Wolf

Chryseia 2007

Característica diferenciadora: Complexidade e equilíbrio
Preço: 40€

Onde: garrafeiras especializadas

Nota pessoal: 18,5

Comentário:Vinho extraordinário. Cor ainda com brilho púrpura escuro. Opaco mas limpo. Aromas muito complexos e muito heterogéneos... à medida que respira saúda-nos com nuances aromáticas fascinantes... inicialmente quente, com nuances de cacau quente... tipo o resto do chocolate que ficava no fundo das canecas... delicado e muito sedutor.
Enfrenta a prova de boca com uma elegância desconcertante. Macio mas muito concentrado e intenso. Frutos vermelhos muito densos, tipo abrunhos. Especiado e picante. Final muito, muito longo. Mastiga-se o sabor que fica nas papilas gustativas. Impressionante.
A complexidade aromática evolui para frutos secos... nozes e volta o ligeiro cacau... como se estivessemos perto duma cozinha onde se fizeram "brownies" de chocolate. Mais frutos secos.... e ligeiro caramelo. Sabem aquele cheiro do fundo do tacho onde se faz caramelo? Aquele que queima ligeiramente? É esse aroma. Na boca continua muito bom e mostra a acidez que ainda tem, mas estava muito bem vestida e não se percebia... e no nariz dá-nos agora notas de floresta, depois de chover... ervas...
Vinho excepcional e ano excepcional. Dos melhores exemplares dum vinho do Douro magnífico.
Tinha provado no WPM de 2011 e voltei a provar agora este de 2007. Parece-me dos melhores anos de sempre de Chryseia.
Muito bom.
Recomendação: vinho muito sensível à temperatura. A complexidade aromática manifesta-se consoante a temperatura varia. Recomendo servir inicialmente a 15-16º, não decantar (opinião pessoal) mas utilizar copos que permitam arejar bem,  fechados em cima para captar os aromas. Quando o vinho sobe ligeiramente a temperatura e os (poucos) fenóis que tem se dissipam, é maravilhoso para os sentidos.
Provador: Mr. Wolf