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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Quinta do Crasto Vinha da Ponte 2007



Característica diferenciadora: Intensidade e poderio

Preço: 90 € (na altura do lançamento para o mercado)

Onde: Garrafeiras especializadas

Nota pessoal: 18

Comentário: O Vinha da Ponte, a par do Vinha Maria Teresa, têm recebido por parte da crítica especializada e dos apaixonados pelo vinho os maiores elogios. Oriundo de uma vinha muito velha, com cerca de 100 anos, e onde é possível encontrar mais de 30 castas diferentes, plantadas de forma aleatória, chega-nos este néctar único e muito exclusivo (só é produzido em anos de excepcional qualidade e atinge preços de mercado muito elevados) que antes de ver a luz do dia passa 20 meses em barricas novas de carvalho francês.

O vinho apresenta uma cor violeta ainda muito carregada. No nariz encontramos madeira super bem integrada (os Crastos por vezes pecam, por em novo, terem sempre um pouco de madeira a mais. Aqui não há madeira nenhuma a sobrepor-se ao que quer que seja, tal a dimensão e estrutura do vinho), frutos pretos e chocolate preto. A boca tem um lado químico e mineral (xistoso) muito intenso. Cheio, estrutura férrea. Tenso e profundo. O fim-de-boca é longo e maravilhoso, cheio de coisas muito boas! Os 15.5% de álcool não se fazem sentir de forma alguma e o vinho é extremamente gastronómico.

Tem muitos anos pela frente, continuando sempre a evoluir na senda da excelência!

PUMADÃO!

Provador: Bruno Miguel Jorge

terça-feira, 14 de maio de 2013

Quinta das Bágeiras Garrafeira 2011



Característica diferenciadora: Elegante e perfumado

Preço: 15€

Onde: Garrafeiras especializadas

Nota pessoal: 17,5

Comentário: Gosto de todos os vinhos que o Mário Sérgio faz. São vinhos sempre sérios, honestos, com grande respeito pelo material que lhes dá origem, com grande carácter, que gostam de cave e que pedem mesa. Na pequena localidade de Fogueira e com base nas castas Baga, Maria Gomes, Bical e alguma Touriga Nacional, forjam-se dos melhores vinhos de Portugal!

Recentemente chegado ao mercado, este garrafeira de 2011 repete a receita de colheitas anteriores. Segundo informação do produtor, Maria Gomes e Bical de vinhas velhas, fermentadas em tonel de madeira avinhada e engarrafadas sem recurso a colagem e filtração. Tradição e qualidade!

Julgo que este vinho espelha na perfeição a colheita de 2011. Quanto a mim 2011 tem-nos apresentado vinhos com muita elegância, com boa fruta delicada e com muito boa acidez. Este vinho do Mário Sérgio é tudo isso mas, em contraponto, por exemplo, com o PAI Abel 2010, com a acidez super bem integrada, sem excessos, tudo delicado e bem arranjado. Esta elegância e delicadeza têm por detrás uma estrutura férrea e de grande compostura onde se encontram escudados as ervas secas, a fruta branca bem madura e um perfume delicado, tudo permitir prova imediata mas também a guarda em cave.

Gosto muito de “emparelhar” este vinho com pratos de bacalhau (frito, cozido ou confitado), com peixes fritos ou com saladas de polvo ou ovas, regadas com azeite e salpicadas com um bom vinagre (pode ser o da Quintas Bágeiras que é fenomenal). No entanto, este 2011, devido à sua elegância, merece um prato mais delicado, que permita captar as suas muitas e delicadas nuances … um arroz de tamboril?!

Só para aguçar o apetite, o Pai Abel Chumbado é mesmo um SUPER VINHO! Aguarde-se pelos próximos post.

Provador: Bruno Miguel Jorge