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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Quinta de La Rosa Reserva 2003


Característica diferenciadora: Juventude e elegância

Preço: 25€

Onde: Garrafeiras especializadas

Nota pessoal: 18.5

Comentário: Quinta de La Rosa faz parte do imaginário de muitos enófilos... sempre foi bom. Vinho que apareceu com mais mediatismo nos anos 90, produzido na fantástica quinta debruçada sobre o Pinhão.

Esta garrafa de 2003 foi adquirida há cerca de um ano na garrafeira Cabaz Tinto em Cascais que é de absoluta confiança no que diz respeito à qualidade de acondicionamento dos vinhos. Foi recomendada pelo Pedro também... e eu comprei.

Rolha impressionante, tingida púrpura e exemplar na sua função vedante.
Cor rubi opaca, viva ainda e pesado a cair no copo.
Aromas imediatos de Vintage. Confesso que não é o que mais me agrada... normalmente tornam-se pesados... sou mais apreciador de vinhos que se destacam pela acidez e frescura...Notas muito licoradas no aroma... Notas florais. Bom... em poucos minutos o património aromático deste vinho impressiona. Os aromas que nos atiravam mais para vinhos do porto desapareceram. Ainda bem.
Depois deste exercício olfactivo, tempo para atacar a prova de boca.

Et voilá! Boca perfeita!

Guloso e espesso na entrada de boca, fruta fresquíssima, encarnada mas sem sobrematurações, muito denso e acompanhado de taninos muito vivos ainda, mas acomodados na espessura e concentração do vinho que nem se dá por eles..."...mau!" Pega-se na garrafa e confirma-se o ano. 2003...

Nariz no copo outra vez...

Aromas agora mais coloniais, com madeira encerada. Ligeiro pó de talco. As notas florais e de fruta mais evidentes no início dá ideia que se fundiram e resultam numa aroma semelhante a própolis... aquele aroma de favo de mel delicado. "Uau..." estou impressionado com este vinho.

Boca acetinada, licorosa e com um final muito, muito longo.
Fresco e muito bem balanceado, não chega a ser lácteo mas tem notas de iogurte de morango.

Grande vinho... recordo uma prova que efectuámos há uns meses atrás de Douro do ano de 2003... Poeira, Vale Meão e Quinta do Valado Reserva... se soubesse o que sei hoje, este tinha lá estado seguramente!

Há uma coisa que cada vez estou mais convicto. Não produzam os vinhos para se beberem logo... e quem os adquire guarde os (bons) vinhos uns anos, pois garanto-vos... este vinho novo podia impressionar muito... mas não daria tanto prazer e não mostraria tantas características se não tivessemos esperado por ele. Cada vez mais rejeito liminarmente beber vinhos que não sejam de uma colheita, no mínimo dos mínimos, 3 anos anteriores ao ano em que provo... pelo menos tento que assim seja. Quando assim não acontece, provo... não bebo.

Provador: Mr. Wolf

Buçaco Tinto Reserva 1992


Característica diferenciadora: Buçaco

Preço: 50€

Onde: Garrafeiras especializadas, Niepoort Projectos... Palácio do Buçaco Hotel...

Nota pessoal: 18.5


Comentário: Buçaco... temos sido felizes este ano e por diversas vezes temos provado diferentes anos, brancos e tintos. Este de 1992 estava em condições exteriores imaculadas. Rolha dificil, mas extraída completa sem mazelas.

Cor literalmente opaca! Sim, opaca. Sim, 21 anos de idade e a cor está opaca. Rubi ainda sem sinais cromáticos evidentes de oxidação. Naturalmente não é rubi de laivos encarnados... mas também não é castanho. Está muito bem.

Aromas iniciais de barro, poeira. Aromas secundários de casaco de peles com pêlo. Aromas muito focados nestes aromas que são finalizados por fruta. Morango maduro. A parte branca do interior dos morangos. Equilibrio, estrutura e força impressionante para 21 anos.
Muito aveludado na boca, deixando uma sensação de camurça muito macia e com acidez ainda para dar e vender.
Ananás em calda no final. Depois de respirar, surgem notas de café nos aromas. A prova de boca mantém-se firme na fruta de carácter mais ácido, mas muito equilibrado. Uma das características que marca os Buçaco é a coerência da prova, quer ao nível dos aromas e da prova de boca, quer da consistência desde o início ao final. É sempre de personalidade vincada e marca de facto quem tem a felicidade de os provar. Não é de meis tintas. Não tem máscaras de madeira. É vinho, cheira a vinho e tem seguramente defeitos... mas é muito bom.

Reza a lenda que os Buçaco são produzidos com Baga e Touriga Nacional... com vinhas da região demarcada da Bairrada e do Dão... não sei se é assim ou não, mas é muito bom.

É um vinho para qualquer mesa do mundo. Aromas de vinho a sério...Prova de boca arrebatadora. O tempo passa por este vinho, mas não o marca como a maioria dos vinhos. Não percebo porquê. Mas adoro.

Provador: Mr. Wolf


Domaine des Raynières Vielles Vignes 2009


Característica diferenciadora: Elegância e acidez.

Preço: 12€

Onde: Garrafeiras especializadas ou e-commerce.

Nota pessoal: 16.5


Comentário: Cor bastante limpa e aberta.
Escuro ainda que translúcido.
Aromas com muita humidade... mofo.
Quando o provamos percebemos que é um produto de carácter e qualidade.
A acidez imediata transforma-se em delicada compota de fruta no final. Muito diferente do que provamos em Portugal, onde normalmente é ao contrário.
Taninos ásperos qb e muito tenazes, compensados pela "limpeza" de características que tem: ténue mineralidade, pálida textura de cogumelos frescos no palato - aquele sabor dos líquidos que os cogumelos deitam, que não é forte mas persistente no sabor - e fruta muito delicada no final.
Fruta vermelha clara, de pouca intensidade mas muito expressiva.
Não impressiona os sentidos, mas o final da equação é muito bom.
Muito bem feito este vinho de Saumur Champigny do Vale do Loire.
Vinhas velhas, provavelmente 100% de Cabernet Franc.
Recomenda-se para carnes magras ou massas.

Provador: Mr. Wolf

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Tapada do Chaves Reserva 1997


Característica diferenciadora: Tapada do Chaves

Preço: 20€

Onde: Garrafeiras especializadas antigas...

Nota pessoal: 18


Comentário: Sou um adepto confesso de alguns vinhos Portugueses.
Provo tudo, sem preconceitos de tipo, preço ou região.
O tempo fez-me compreender que existem vinhos aos quais reagimos mais do que outros. Há vinhos de muita qualidade, que impressionam e tornam deliciosos os minutos ou horas que nos acompanham, mas que passados alguns dias(ou copos...)  esbatem-se quando aparecem outros que impressionam ainda mais, ou impressionam por características diferentes.

O Tapada do Chaves não. Não se esbate, nem é comparável para mim a nada.

Reconheço o seu aroma característico e experiencio várias memórias sensoriais que tenho do passado, onde tive a felicidade de provar com alguma frequência garrafas da década de 90 deste vinho mítico de Portalegre.

Não tenho a pretensão de qualificar um vinho como melhor ou pior... aliás, como todas as notas de prova que coloco. Simplesmente, qualifico o grau de satisfação que ele me dá quando o bebo.
Muito importante é compreender que Tapada do Chaves (Reserva no rótulo ou não) é excelente de 94,95,96 e 97... após esses anos, esqueçam! Até 2009... em que finalmente voltou uma colheita que tem a marca organoléptica tão genuína.

Dito isto... o meu agradecimento ao caríssimo João Chambel que teve a amabilidade de trazer esta garrafa para provarmos!

Turvo! Rubi pálido e muito turvo. Mais rosado do que acastanhado.
Nariz perfeito. Está cá claramente o aroma de Tapada do Chaves... que a verdade é que não sei o que é.... faz-me lembrar aromas de quando alcatroavam estradas no verão, mas dizer que o vinho tem aromas de alcatrão, além de soar mal, é redutor.
É químico e com pouca expressão de fruta. "Fruta", neste caso, é "fruto"... castanhas, quando suam enquanto assam. Mais vegetal que frutado.

A prova de boca é deliciosa.
Veludo e cetim, se fossem configurados para produzir uma nova textura, seria provavelmente algo como fica o palato e a lingua depois de provar este vinho.
Delicadissimo, usado, que é diferente de dizer que o vinho está velho, mas cheio de charme e vitalidade.
Rebuçado e alguma especiaria. A fruta, de muita delicadeza, é também na prova de boca secundária ao carácter vegetal e químico.
Taninos ténues e mais evidentes quando reagimos ao "especiado".
Textura inconfundível.
À medida que respira, surgem ao longe notas aromáticas de lenha seca.

É um dos grandes vinhos de Portugal. Pena ter "desaparecido" cerca de 10 anos. Desejo e anseio que o regresso com o rótulo de 2009 - pelo menos é o que encontro - seja para ficar e revitalizar o perfil que tanto, tanto gosto.

Provador: Mr. Wolf


Luís Felipe Edwards Family Selection Grande Reserva Carmenere 2010


Característica diferenciadora: Carmenere...pouco comum ou inexistente em Portugal.

Preço: 6€

Onde: Garrafeiras especializadas ou e-commerce.

Nota pessoal: 16


Comentário: Cor aproximadamente preta!
Nariz com muita especiaria e barrica bem integrada (12 meses em barrica apesar de ser Gran Reserva, sem marcar muito).
Prova de boca mais equilibrada do que a intensidade da cor faria supor.
Corpo mediano a confirmar a muita especiaria e notas de fruta ligeira. Suave.
Ligeiramente seco quando o carácter mais vegetal pica na lingua.
Com o tempo, dá notas aromáticas de terra quando chove.
Muito interessante e um bom exemplo do que um Carmenere é no Vale do Colchagua.

Provador: Mr. Wolf

Herdade das Barras 2006


Característica diferenciadora: Força!


Preço: 16€

Onde: Garrafeiras especializadas

Nota pessoal: 16.5


Comentário: Primeira vez que provo este vinho, num jantar num restaurante muito interessante em Bicesse (Estoril). 
Restaurante Conceito.  https://www.facebook.com/conceitofoodstore

Impressionantemente escuro.
Nariz muito verde, aromas evidentes e muito expressivos. Algumas notas tostadas.
Prova de boca com alguma rusticidade na entrada, mas surpreendentemente fresca e equilibrada. É um vinho curioso.
Fruta sem ser muito doce, ténue acidez mas secura que o equilibra e taninos bem integrados, ainda que pujante.
Curiosa a força e elegância passados 7 anos.
Elegante, verde e fresco!
Bom vinho.

Provador: Mr. Wolf 

domingo, 25 de agosto de 2013

Poeira 2005

Característica diferenciadora: Volúpia.

Preço: 30€

Onde: Garrafeiras especializadas... provavelmente particulares.

Nota pessoal: 18.5


Comentário: Cor violeta escura! Pronto... baralhamos as contas todas de quem prova às cegas uma vertical de Poeira e já achava ter bebido o de 2005!

Mas como a prova dever ser livre de preconceitos e expectativas... há que ignorar e provar relativizando o que se bebeu antes... especialmente após ter provado todos e rever as notas tiradas. O importante no vinho é apreciar... e fruir.

Voltando a este de 2005... o 3º vinho a ser provado.

Cor, já referido, pujantes laivos violetas... tipo muitos de 2009, estão a ver? Cheios normalmente de Touriga Nacional... Graças a Deus, este não tem esses aromas nem vestes.
Aromas de groselha fresca. Fruta, especiaria muito ténue e ligeiro mentolado também. A groselha, é estilo cristalizada mas com pouco açucar. Estão a ver a mistura de Bolo Rei, das cerejas, figos e groselhas? É mais ou menos isso...
Na boca, cheíssimo... como se ouvia antigamente... "muito adamado"... veludo, com textura que agarra literalmente as papilas gustativas.
Acidez e estrutura, envolta em muita fruta de muita qualidade, verde, fresca... Um hino ao Douro, sem maquilhagens, sem vestidos engomadíssimos de barrica... não, nada disso! Fruta, da boa, verde e fresca, mas de origem vermelha. Nada de sobrematurações, nada de açucar fácil... e a fim de 7 ou 8 anos, o melhor mostra-se.
Tenho pouca experiência em vinhos de "outros mundos", mas confesso que só em alguns Franceses encontro esta pujança sem estar revestida de barrica ou jovialidade da maturação da fruta... é textura, granularidade na língua e final ainda de muita suculência...

Muito, muito, muito, mas muito bom.

Provador: Mr. Wolf

Poeira 2004

Característica diferenciadora: Volume e aromas.

Preço: 30€

Onde: Garrafeiras especializadas... provavelmente particulares.

Nota pessoal: 18


Comentário: Última garrafa servida... sem sabermos o ano, naturalmente.
Escuro, denso e de opacidade evidente ainda... confusão, visto que eu acharia que o de 2005 já tinha sido provado (verifiquei depois que era o de 2003...).

Aromaticamente o que mais gostei.
Além das notas de fruta que normalmente acompanham o Poeira, sempre num registo mais de insinuação do que festivaleiro, este de 2004 apresentou-se com notas vegetais de erva seca e alguma grão de café que entusiasmam logo pela contradição. Claro que a fruta aparece em evidência também, a fazer lembrar o aroma dos rebuçados bola de neve, mas as notas vegetais e de grão de café tornaram a prova mais demorada.
Estrutura, fenomenal.
Parece acabado de sair do estágio em garrafa para o mercado.
Muito concentrado ainda, extremamente bem balanceado e com fruta no final de boca muito boa. Texturado e com muitos pormenores. Ligeira especiaria a picar a fruta.
Mais quente do que os outros provados.

Muito bom.

Provador: Mr. Wolf

Poeira 2003

Característica diferenciadora: Douro puro!

Preço: 30€

Onde: Garrafeiras especializadas... provavelmente particulares.

Nota pessoal: 18


Comentário:  2ª garrafa da prova vertical a ser provada às cegas.
Cor limpa, rubi e viva. Sabia que no máximo seria de 2005 pelo que imediatamente pensamos que impressiona a vivacidade da cor.
Aromas frescos, repletos de fruta estilo groselha, fina... profundidade aromatica secundária balsâmica. Esplendoroso aromaticamente, pujante na intensidade e clarividência de aromas.
Prova de boca fantástica.
Entrada no palato delicioso, sem excessos de nada, mas com tudo lá. Fruta vermelha estilo compota sem excessos de doçura. Madeira imperceptivel, a não ser para os mais atentos. Volume, leveza e acidez. Nada cansado, muito pelo contrário. Fora de modas, que é tão bom.
Errei no ano... era de 2003. Está para durar, fino e elegante, mais volumoso na estrutura e na vigorosa acidez que ainda tem sem que nunca marque a prova.

Muito, muito bom.


Poeira 2002

Característica diferenciadora: Poeira... de 2002. Chega?

Preço: 25€

Onde: Garrafeiras especializadas... provavelmente particulares.

Nota pessoal: 17.5


Comentário: Seguindo a ordem da prova desta prova vertical de 01-05... este foi o 4º vinho provado...
Distinto dos restantes,,. Bouquet extremamente elegante, com notas aromáticas de couro.
Sabendo (à posteriori) o ano, impressiona a cristalinidade que apresenta e o tom ainda escuro.
Relativamente discreto nos aromas, mesmo após as notas iniciais de couro desaparecerem, é na boca que se manifesta mais vivo.
Acidez ténue, ligeiras notas de rebuçado, mas como é apanágio da casa, extremamente fresco no final de boca. Cresce e muito. Mas ao fim ao cabo, como todos os Poeiras. Não se esperem vaidades de aromas de barrica nos copos, nem festivais de fruta, ou frenesim de tostas e caramelos... não, são vinhos para se apreciarem quando se bebem. Na prova, só os mais treinados.

Eu curiosamente, sempre apreciei muito o Poeira de 2002. Nesta prova, sem saber o ano, associei ao de 02 ou eventualmente 01.
No entanto, admito que relativamente aos outros anos, e apesar de ser o mais elegante deles todos, parece-me que é o que vai viver menos anos de saúde. Mas está impecável.

Provador: Mr. Wolf

Poeira 2001

Característica diferenciadora: Persistência e complexidade.

Preço: 30€

Onde: Garrafeiras especializadas

Nota pessoal: 18


Comentário:  Ora bem... por onde começar? Talvez por explicar que em Junho desafiámos o restaurante ".come" em Alcabideche para ser o anfitrião duma "mini prova vertical" de Poeira... 2001 a 2005.
A prova foi "cega", naturalmente, no que diz respeito aos anos de colheita.

Sou um adepto confesso de Poeira. É de longe o vinho que ao longo dos anos mais me fidelizou no Douro. É coerente na qualidade sempre de excepção e no carácter fiel aos anos em que se produz, reflectindo na garrafa muitas das características climatéricas dos anos em questão. O resto, o terroir, está sempre lá. É sempre excelente e apresenta-se desde 2001 com uma estabilidade de preço de mercado de louvar. E os cerca de 30€ a que normalmente o podemos encontrar (podem-se encontrar variações para cima ou para baixo não superiores a 10%) são muito bem empregues.
Para resumir o meu apreço e admiração por este vinho, e por quem o produz, obviamente, se tivesse de levar 2 ou 3 vinhos para uma prova com enófilos de "mundos diferentes", que representassem o que é um vinho de topo Português, provavelmente este seria um dos dois ou três que não seriam Bairrada...

Voltando à prova... deitado no copo com preceito, imediatos aromas evidentes de azeitona, lagar... Cor a demonstrar evolução, com o rubi a esbater-se em laivos mais castanhos. Adequado no entanto para os 12 anos que já conta. Opacidade média e bastante limpo e cristalino.
Algum vegetal, muito tímido, a fazer lembrar cascas de pinheiro seco. Mas muito ligeiro.
Na prova de boca, impressiona o extremo equilíbrio que ainda mantém. Elegância e equilibrio entre acidez e fruta sempre foram imagem de marca do Poeira e mantém-se 12 anos depois.
Acidez ainda presente, notas de fruta secundária, estilo ginja, mas muito ténue.
Vivo ainda na sua persistência, mantendo muita frescura no final e deixando o palato limpo e aromático. O sprint final deste vinho é impressionante, pois ele cresce bastante e "aperfeiçoa-se" à medida que respira.
Prova de boca melhor que a análise aos aromas, que são discretos e conduzidos essencialmente em aromas de azeitona madura, cuja continuidade na prova de boca, manifestam-se, mas aqui muito secundários.
Frescura. Muita frescura.
Acredito que continuará a evoluir bem, mas recomenda-se ir bebendo as de 2001 pois estão perfeitas para consumo imediato.

Provador: Mr. Wolf

Nº Zero Negro Amaro 2010


Característica diferenciadora: Salinidade

Preço: 17.5€ (Restaurante Gulli - Cascais)

Onde: E-Commerce?

Nota pessoal: 17


Comentário:  Num restaurante que confecciona bem comida de inspiração italiana, nada como acompanhar por um bom tinto Italiano.
E é assim que chegamos a esta garrafa do produtor Menhir da região de Salento. 100% Negro Amaro, casta muito típica da região.
Escuro e de opacidade média a elevada, com brilho rubi.
Nariz bastante frutado, estilo cereja e frutos secos. Sem exageros de maturação. Mas com muito carácter.
Prova de boca com a secura tradicional de Itália. Rusticidade qb, mas muito bem polida.
Prevalece no entanto o equilibrio geral que se repercute também nas sensações. Muito homogéneo.
Textura com densidade muito interessante, generoso nas boas notas frutadas e muito, muito curioso pela salinidade que tem.
Final de boca que faz lembrar Flor de Sal. O contraste da boa fruta, estili cereja com o final salino, dá um "ar de graça" estilo sauer.
Taninos muito polidos e prova muito boa. Volumoso, limpo e equilibrado. Diferente.
Gostei muito.

Provador: Mr. Wolf