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domingo, 14 de abril de 2013

Quinta do Crasto Vinhas Velhas 2007



Característica diferenciadora: Potência, suculência e elegância... no Douro!

Preço: 25€

Onde: Garrafeiras especializadas

Nota pessoal: 18


Comentário: Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas é sempre um "porto seguro" num estilo muito próprio dentro do panorama de "vinhos bandeira" do Douro actual. 

Excelente ano após ano, com uma produção já muito interessante face à qualidade apresentada (tenho a ideia que fazem mais de 100.000 garrafas/ano), carimbada com o reconhecimento internacional há uns anos atrás quando a Wine Spectator o identificou como o de 2005 um dos melhores 10 vinhos do ano... naturalmente que não é esse tipo de "selos de qualidade" que nos move... mas é no entanto de realçar que o vinho consegue esse reconhecimento internacional ao mesmo tempo que agrada aos consumidores mais específicos, como nos consideramos. 

Este de 2007 está claramente a chegar à idade adulta, onde vai mostrar de facto o que vale. E olhem... vale muito!

Ultrapassada alguma rusticidade inicial que tinha, visto já ter bebido algumas ao longo destes anos que guardo das 12 que adquiri quando saiu, está a ficar pronto para ser bebido.

Cor impressionante! Violeta escuro na borda e sangue vivo no centro cheio de brilho. Um regalo para a vista. Limpíssimo. Gosto!

Aromas expressivos, de cariz bastante floral. Notas também de ligeiríssima tosta, eventualmente proveniente da barrica, muito ao estilo da Quinta do Crasto, que o faz como ninguém.
Boca perfeita! Suculento, denso qb, limpíssimo e muito guloso, cheio de fruta encarnada, estilo amoras e mirtilos, sustentada numa "espessura" e dimensão que nos dizem que está a crescer e ainda vai mudar. É quase opulento, é complexo e acima de tudo, sabe muito, muito bem. É de levar ao médico alguém que não goste de provar este vinho.

Madeira perfeita. É incontornável não referir que o trabalho efectuado com o estágio em barrica efectuado é brilhante, pois não se separa do vinho, mas faz parte dele de forma estupenda.
Equilibradissimo durante toda a prova, entrada redonda na boca com os taninos muito bem integrados, persistência muito boa, deixando um final delicioso, elegante, e com a sensação que temos ainda vinho para durar.

Este acompanhou um coelho feito no tacho, e perversidade vínica à parte, deixei propositadamente uma boa medida de copo no decanter para o dia seguinte, aberto, sem qualquer recurso a vácuo, para ver como estava no dia seguinte... é um exercício que faço para ver em que fase da vida os vinhos estão... vale o que vale, mas tenho a prova já mais ou menos "calibrada" para perceber no dia seguinte quantos anos ainda tenho de esperar por ele. E digo-vos... o vinho está para durar, e durar, e durar. Inalterável a fruta, nada de paladores de oxidação manifesta, apenas maior evidência da acidez, o que é perfeitamente normal... e desejável.

Muito bom.

Provador: Mr. Wolf

Post Scriptum 2010



Característica diferenciadora: relação preço/qualidade...

Preço: 12€

Onde: Garrafeiras especializadas e distribuição em geral

Nota pessoal: 17


Comentário: Nascido em 2002, o Post Scriptum sempre se afirmou no mercado sem grandes necessidades de publicidade. É a qualidade da sua prova que o publicita a si mesmo. Este de 2010, já tinha sido provado e merece sem dúvida nenhuma lugar de destaque nos vinhos do Douro actuais.
Apesar de em 2002 ter "nascido" porque não saiu o Chryseia, não sai exclusivamente nestes anos.
Cor rubi/violeta opaco. Vinoso no copo e aromas fantásticos...Aroma cativante inicial que evolui de carácter mineral e com fruta discreta, para aromas densos, quentes, sedutores. Notas aromáticas de damasco. Pedra escuras quente, passe o cliché  de xisto quando está ao sol... ou ardósia quente.
À medida que respira, surgem aromas mais florais, trazendo à memória flores que emanam aromas com o cair das noites quentes de verão. Sempre num registo mais insinuante do que evidente.
Respirando mais... Fica fascinante no nariz. Equilibrado com notas florais e de fruta, sem ser muito madura. Nada está em demasia.
Passando do nariz para a boca...Boca pura e simplesmente arrebatadora. Cresce, cresce, cresce numa batalha entre a acidez contida e a fruta discreta. Madeira? Sim, excelente... Tem de se pensar se tem e procurá-la. Realmente como se quer.
Fruta está lá, acidez também e intensa mas muito bem equilibrada com os taninos, e o final... É duma frescura deliciosa. 
Acetinado... mentolado não é o que o caracteríza exactamente, mas é o mais semelhante, e elegante e fresco como se quer... Excelente vinho para beber já e obrigatório guardar!
Guardem... se conseguirem... no mínimo 5 anos.

Provador: Mr. Wolf