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terça-feira, 21 de maio de 2013

Batuta 2007



Característica diferenciadora: Frescura (impressionante)

Preço: 55 €

Onde: Garrafeira Nacional

Nota pessoal: 18,5

Comentário: Este foi o último vinho servido no almoço onde se bebeu, Poeira 2008, Pape 2008, Chryseia 2009, Vinha da Ponte 2007, Ultreia 2010, Hexagon 2007. Coube ao Batuta a difícil tarefa de encerrar o repasto.

Para melhor percebermos quem é o Batuta recorri ao sítio na internet da Niepoort onde ficamos a saber que a base deste vinho é a vinha do Carril, com mais de 70 anos e também outras vinhas velhas (com cerca de 100 anos), situadas próximo da Quinta de Nápoles. Antes de cair nos nossos copos estagia em barricas de carvalho francês por um período de 20 a 22 meses.

Espreitámos, rodopiámos o vinho no copo e cheirámos. Numa troca rápida de palavras com o Mr. Wolf, proferimos um comentário quase em uníssono: carne, carne fresca (lombo). Reservámos e deixámos arejar. Quase que conseguia ouvir o meu inconsciente a trautear “Longa se torna a espera” dos Xutos!

Uma hora depois voltámos ao Batuta … cor pouco intensa, ligeira fruta vermelha e carne fresca, humidade. Na boca é estruturado, potente e mineral. Cheio de taninos que assegurarem uma longa e proveitosa vida em cave. Há por aqui um toque vegetal que me deixa maravilhado bem como uma frescura e acidez como não existe. Extraordinário! Longevo, longo e muito complexo.

De todos os vinhos servidos durante o almoço este foi o que mais me impressionou!

Provador: Bruno Miguel Jorge

5 comentários:

  1. Caro Bruno,
    Dia desses bebemos o Batuta 2009. Fiquei impressionado com sua elegância, riqueza e frescor. Um vinho grandioso! Imagino que esse 2007, com 2 anos a mais de adega, devia estar ainda mais polido.
    Abraços,
    Flavio

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    1. Caro Flávio, este Batuta 07 estava impressionante. Fresco, fresco, fresco e a pedir mesa. Um grande vinho! Dos tintos de 2009 que tenho bebido tenho ficado com muito boa impressão. Apesar do Verão muito quente os vinhos mantêm muita frescura.
      Abraço

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  2. Caro Bruno,
    pelo que me parece esse jantar foi pornográfico, vinicamente falando. Durante algum tempo, com alguns amigos, fazia jantares assim mas, depois de alguns vinhos terem sido maltratado por serem mais elegantes que os que lhes antecederam deixamos de fazer convívios assim. Espero que não tenha sido o caso desse jantar.
    Gostaria, no entanto, de lhe perguntar como estava o Hexagon 2007, pois sou um seguidor do Hexagon, desde o seu surgimento, e esse sempre que o provei deixou-me de pé atrás.
    Cumprimentos,
    Pedro Mesquita.

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    1. Caro Pedro, foi mesmo um daqueles dias em grande. A lista e a ordem de serviço de vinhos que preparámos para o almoço foi: Poeira 2008, Pape 2008, Chryseia 2009, Vinha da Ponte 2007, Ultreia 2010, Hexagon 2007, Batuta 2007. Portos: Taylors Vargellas 2005 e Quinta da Romaneira 2008.

      A questão que levanta é muito pertinente. Quando pensei em deixar o Batuta para o final e servir o Ultreia depois do Vinha da Ponte confesso-lhe que tive algum receio de que a coisa não corresse bem. O Ultreia personifica a elegência e a supremacia da fruta e o Batuta a firmeza e frescura mas com pouca fruta. Felismente a coisa correu bem com todos os vinhos menos com o Hexagon que se mostrou evoluído e um pouco cansado. Todos os outros estiveram em grande plano

      Cumprimentos,

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  3. Olá caríssimos,

    o Hexagon não tem nada a ver com a magnum do mesmo ano... é uma pena. Estava cansadíssimo...mas para compensar, o Batuta estava bem, mas bem melhor que a prova que fiz do de 2007 há 2 anos atrás.
    Carne. Carne, carne... Talho. Lombo cortado. Mas "carne da boa"... neste caso, não me pareceu de todo defeito.
    Quando ganhou fruta... Delicada, encarnada.

    Continuo a achar que o vinho está ainda a crescer. E é um vinhão. Talvez dos melhores Batutas de sempre... mas também o mais "estranho". Mas fenomenal!

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