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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Taylor´s Vintage 2003



Característica diferenciadora: Pujança dos taninos (assegurando uma longa vida em cave)

Preço: 70€

Onde: Garrafeiras especializadas

Nota pessoal: 17 (facilmente esta nota subirá. Daqui a 10 anos, quando este vinho se abrir ao Mundo, a pontuação será bem diferente e bem mais elevada)

Comentário: Esta foi a minha primeira vez com um Vintage clássico da Taylor´s! Expectativa elevada, não estivéssemos a falar de um ano de muito boa memória para o Porto Vintage, como foi o de 2003.

Tendo em conta que, nos Vintage novos, a fase dos 10 anos pode ser um bocadinho ingrata, decidimos que o tínhamos de arejar bastante por forma a contrariar a tendência natural de “fechado para obras”.

Assim, no início do almoço, o vinho foi decantado cuidadosamente, e logo aí deu para ver uma bonita cor escura mas não opaca, com uns tons rubi muito bonitos.

Deixámo-lo a descansar durante cerca de três horas e fomos “atacar” um Bacalhau Espiritual que acompanhou lindamente um Cartuxa branco de 2011 que, diga-se, en passant, está num momento de forma extraordinário! A boa fruta madura, bem como o corpo cheio e cremoso que o vinho apresentava, ligou lindamente com as das natas do Bacalhau Espiritual.

… mas a nossa cabeça continuava no Taylor´s …

Entretanto, começaram a chegar à mesa os queijos e os doces e a inquietação foi crescendo, até que … as primeiras gotas começam a cair nos nossos copos.

Este 2003 apresentou, tal como descrevemos em cima, uma cor escura mas não opaca, que nos fez lembrar “sangue de boi. No nariz, o vinho apresentou-se, tal como esperávamos, fechado, pouco claro, com algum floral, fruta preta fresca em fase de transição e nuances de Bolo Madeira. A boca é cheia e poderosa, sem ser esmagadora, onde se descortina facilmente uma nota vegetal e um conjunto absolutamente monumental de taninos de uma fineza desconcertante. O final é longo mas não é, ainda, extraordinariamente complexo.

Este já foi um grande vinho com toda a certeza, há-de vir a ser um Vintage monumental, mas, neste momento, é apenas um muito bom vinho com um potencial colossal!

Provador: Bruno Miguel Jorge

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