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domingo, 30 de setembro de 2012

Domaine Charvin Châteauneuf-du-Pape 2003

Característica diferenciadora: Tudo é diferente...

Preço: 55€

Onde: Garrafeiras especializadas

Nota pessoal: 18,5

Comentário: Era com muita dificuldade que conseguia manter esta garrafa na minha garrafeira... adquirida há uns meses por recomendação do Pedro do Cabaz Tinto, lá me enchi de coragem e resolvi incluí-la numa prova a ser efectuada em Setembro. Expectativa grande... 95 ou 96 pontos na Wine Spectator...Um bom Châteauneuf-du-Pape, como me explicaram... e pelo facto de gostar de vinho e gostar de conhecer coisas diferentes, desde que boas... andava aqui em pulguinhas. Bom... depois de servir o Quinta da Foz de Arouce Vinhas Velhas de Santa Maria 2003, o caminho óbvio era este... ninguém suspeitava da origem tão diferente do vinho.

Para o copo! Ui... translúcido... quase, quase "palheto". Mau. E o nariz? Mau. Notas de cavalariça... ou seja, gestão de expectativas minhas, nota 0. Estava destroçado. Pensei, "ainda não é desta que provo um vinho característico desta região"... mentira!

O vinho arejou, perdeu literalmente todo o aroma desagradável e ganhou aromas evidentemente cítricas. Sim. Sabem as laranjas cristalizada do Bolo Rei? É isso. Na boca a delicadeza do vinho, limpíssimo, translúcido dum rubi ligeiramente bronzeado, é acompanhada duma estrutura como nunca vi nada assim..."o vinho depois de engolir, sobe pela língua acima uma onda de sabores e sensações impressionante" - comentou-se. Completamente diferente do que provamos cá, sem desconsideração, obviamente. É diferente e ainda bem.
A fruta que o vinho tem é toranja. Sim. Toranja. Daquela quando está madura, mas que nunca deixa de ser ligeiramente ácida. A língua sente os efeitos de picante, pimenta... exactamente. E tudo, cheio de sensações e sabores, mas com uma leveza de extracção inigualável. O que parecia um vinho "leve", é de facto uma construção para durar décadas, sem dúvida.

Excelente! Pela diferença e pela qualidade. Grenache e Syrah. Excelente.

Vinho em prova cega com: Quinta da Foz de Arouce Vinhas Velhas de Santa Maria 2003, Quinta do Monte D´Oiro Reserva 2007 e Poeira 2008

Provador: Mr. Wolf

Quinta de Foz de Arouce Vinhas Velhas de Santa Maria 2003

 
Característica diferenciadora: Baga de classe internacional

Preço: 40€

Onde: Garrafeiras especializadas

Nota pessoal: 18

Comentário: É sempre um acontecimento à mesa retirar o invólucro que separa a atmosfera da rolha destas garrafas... esta, é a última duma caixa de 6. Paciência. Mas teve um final feliz, num bom jantar, repleto de outras boas "amigas" a quem retirámos a rolha. Começámos pelos anos de 2003 e evoluímos para 2007 e 2008, tudo às cegas.

Bom, qual catarata do paraíso, lá escorremos para os 4 copos e contemplámos como se comportaria.Cor entre o rubi e o café escuro. Limpo. Pouca consonância sobre o que seria, até que se ouve um "isto é baga, muito bem trabalhada". É verdade. Coerente com a sua idade, não foi com dificuldade que os cerca de 8-10 anos de vida foram sugeridos. É fiél. Identifica-se claramente que não é novo, mas que tenha a idade que tenha, está em excelente forma. Taninos perfeitos. Estão lá, mas macios. Aliás, o vinho parece que tinha sido guardado em garrafas de vidro, forradas a veludo. Intensidade máxima, à medida que respira. Ganha fruta, crispa os lados mais silvestres de bagas encarnadas, ainda não muito maduras na parte lateral da língua. A acidez afinal está lá ainda... mas muito bem educada.

Vinho em prova cega com: Domaine Charvin Châteauneuf-du-Pape 2003, Quinta do Monte D´Oiro Reserva 2007 e Poeira 2008

Provador: Mr. Wolf

Campolargo Branco do Tonel 2010

Característica diferenciadora: Fresco

Preço: 6€

Onde: Garrafeiras especializadas

Nota pessoal: 16

Comentário: Produção de garrafas que sairam com a Revista dos Vinhos. Arrojo em colocar Bical e Chardonnay. Resulta bem... cor amarelo já com ligeira oxidação. Nariz com notas cítricas. Não há aqui a "gordura" do Chardonnay típica, antes mineralidade. Vinho interessante. Tem peso, quer na cor quer na boca, mas não pesa. Não sei se resultará bem a cave, mas atentarei em provar algumas no próximo verão.

Excelente para peixes gordos ou carnes brancas grelhadas,
Provador: Mr. Wolf

Quinta do Monte D´Oiro Madrigal 2010

Característica diferenciadora: Viognier... sem chatear

Preço: 18€

Onde: Garrafeiras especializadas

Nota pessoal: 17

Comentário: Confesso que bebo Madrigal há algumas colheitas, sem que nunca me chamasse muito à atenção. Sempre encontrei neste vinho "leveza", delicadeza e uma cor pálida muito bonita. Mas nada que me fizesse procurá-lo.
Por sorte, provei uma vez um que não era do ano mais recente e fiquei pasmado com a intensidade que o vinho tinha. Comecei a prestar mais atenção... e é neste cenário, que após provar já algumas garrafas deste ano de 2010, resolvi colocar as minhas observações.

O vinho é muito bom.
Eu não conheço bem esta casta...dos poucos vinhos portugueses que já provei com Viognier, confesso que quase sempre os achei demasiados espessos e enjoativos.
O Madrigal não é, nem uma coisa, nem outra. É reservado de aromas e tímido na cor. Engana, pois na boca tem muita tenacidade. Reconheço-lhe "verdura", cítrico, lima. Muito bem balanceado do ponto de vista de acidez e álcool, ganha proporção à medida que a temperatura sobe. Não enjoa nunca e é muito "limpo". Ligeiramente mineral, na entrada de boca, e com notas evidentes de lima e ligeira relva quando se corta. Conquista pela coerência de intensidade ao longo da prova e da refeição. Vicia.

Vou guardar para provar as que restam nos próximos anos.
Provador: Mr. Wolf

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Quinta do Monte D´Oiro Reserva 2007


Característica diferenciadora: Equilibrio/ proporção
 
Preço: 30 Euros (aproxidamente)
 
Onde: Garrafeiras especializadas

  
Primeiro post no "Wine Penacova Meeting". Cabe-me agradecer ao Mr. Wolf pelo simpático convite. Para começar nada melhor do que um dos melhores vinhos de Portugal. Este Quinta do Monte D´Oiro Reserva de 2007 é um vinho de excepção: proporção e equilíbrio são a tónica dominante. Nada neste vinho se sobrepõe, não há protagonismos, antes um diálogo cooperante entre fruta e madeira. É um vinho muito fresco, com belíssima acidez e com uma extraordinária vocação gastronómica.

Provado com: Quinta da Foz de Arouce Vinhas Velhas de Santa Maria 2003, Domaine Charvin 2003 e Poeira 2008

Provador: Bruno Miguel Jorge



segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Parceria 2010

Característica diferenciadora: Rusticidade
Preço: 8,5€

Onde: Garrafeiras especializadas
Nota pessoal: 16,5

Comentário: Vinho muito desconhecido de produção pequena. Resulta da associação de pequenos Produtores. Daí o seu nome.

Criado e produzido no Douro Superior, tem Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz no seu lote.Rosa violeta. Bastante efusivo no nariz, após desaparecer o aroma de mofo e humidade inicial. Evolui para aromas de frutas escuras, tipo amoras e ameixas. Álcool evidente nos aromas também.... na boca é concentrado, onde a Touriga Nacional esmaga completamente as outras características das outras castas. Notas de fumo, especiarias e muito curiosamente, sabor verde de pimeto encarnado... quase picante de malagueta acabada de cortar. Giro. O vinho com o contacto com o ar ganha muita vivacidade e frescura. Muito interessante. Bom vinho. Para seguir no futuro.

Provador: Mr. Wolf

Quinta da Viçosa TM 2006

Característica diferenciadora: Volume
Preço: 20€

Onde: Distribuição

Nota pessoal: 17,5
Comentário: Escuro na cor... pesado no copo, denso. Notas cor de café e rubi. No nariz, exuberância contida... vê-se que o vinho tem muitos aromas, potentes... floral essencialmente. Pela cor e aromas, nunca denuncia ter já 6 anos... na prova de boca é diferente e excelente. Muito volumoso, aveludado, cheio. Taninos perfeitos, ligeiras notas lácteas e muito, muito picante e especiarias. Fantástica prova. Diferente do que se faz em Portugal, mas muito bom. Gostei muito.

Provador: Mr. Wolf

Quinta das Tecedeiras Vinha do Cais 2008

Característica diferenciadora: Potência e elegância
Preço: 45€
Onde: ?
Nota pessoal: 18

Comentário: Rótulo muito pouco conhecido. Nunca vi à venda, mas felizmente provei-o. É um vinho muito distinto. Cor limpa, rubi escuro com notas violetas. Nariz com fruta discreta e aromas "quentes"... mas é na prova de boca que tudo impressiona. Concentração e delicadeza. Acidez extraordinariamente integrada. Percebe-se que temos vinho para muitos anos em cave, mas é uma delícia prová-lo já... faz lembrar os Crasto Vinha da Ponte. Excelente.

Tenho idea deste vinho ser bastante mais caro que o Reserva, mas merece.


Provador: Mr. Wolf