Translate

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Quinta do Monte D´Oiro ex aequo 2008


Característica diferenciadora: Luxo em formato 0,75l

Preço: 42


Onde: Garrafeiras especializadas

Nota pessoal: 18,5


Comentário: Provado  há uns meses atrás (post no blog disponível), fiquei muito inquieto para o provar mais vezes. Voltei a prová-lo no Openday do Wine Penacova Meeting de 2012 e prometi-me que o provaria de novo no Natal. E nunca devemos prometer o que não conseguimos cumprir. Eu cumpro.

Apreciei bastante o estilo do de 2007 e sou adepto confesso deste vinho. Vale cada cêntimo e ainda bem que é um vinho de região Portuguesa, pois seguramente se o rótulo fosse Castelhano custaria umas 4 a 5 vezes mais e caso fosse Francês, no mínimo, o dobro. Sim, se fosse Castelhano era mais caro que se fosse Francês. Com um vinho desta qualidade, a presunção toldava-lhes o espírito. Bom, comentários sociológicos à parte, a prova:

Copos ansiosos. Brilhantes e orgulhosos de serem Austríacos felizes à beira mar vivendo e servindo bons vinhos Portugueses.. Cobrem-se de reflexos rubi escuro, espesso à medida que o vinho cai.
Aromas imediatos de madeira muito fina e de muita qualidade misturados com cerejas. Delicisoso... é fácil ficar a ver a bonita cor do vinho.
No ataque de boca, a entrada é falsamente doce. É antes sim, muito concentrado, cheio... envolvente. O vinho parece que nem existe, atordoando os sentidos tal é a sua delicadeza no que tem de ser delicado, nomeadamente na acidez e taninos. E se os tem... mas o equilíbrio é admirável. Parece que não pesa na lingua.

À medida que respira, o vinho cresce em pujança, emergindo notas mais evidentes de fruta encarnada escura, como cerejas e ameixas pretas acompanhadas de notas picantes impressionantes. É um verdadeiro Gladiador da mesa, tal a sua tenacidade e força, sem manifestações exacerbadas de fruta, álcool ou madeira como tanto está em voga. É um vinho que não precisa de se "fazer ouvir". É dos que "se escuta".

A concentração e delicadeza conferem-lhe características de facto únicas proporcionando uma prova no minímo excelente. É uma mistura de seda com veludo. É sem dúvida (pelo menos para mim) um dos melhores vinhos Portugueses da actualidade.

A comprar e guardar algumas (pelo menos 2) sem medo 2 décadas. Mas dá para beber já sem problema nenhum...

Excelente.


Provador: Mr. Wolf 

2 comentários:

  1. Caro Mr. Wolf,

    belíssimo texto para um extraordinário vinho! Um vinho que a primeira vez que bebi estranhei mas que à segunda me deixou a morrer de amores.

    Abraço,

    Bruno

    ResponderEliminar
  2. Prezado Mr. Wolf,
    Bela postagem! E também gostei dos aspectos sociológicos...rs.
    Pensas que o 2007 difere muito do 2008?
    Já estive de olho no 2007 em uma importadora aqui no Brasil, e agora, vou atrás. Bem, de José Bento dos Santos e Chapoutier é para se esperar um grande vinho.
    Abraços,
    Flavio

    ResponderEliminar